[RESENHA] O Príncipe Congelado - Raigor L. Ferreira

A literatura é algo tão incrível por simplesmente ser... Bem, por simplesmente ser o que é. É tudo tão diversificado, vasto, cheio de possibilidades que é impossível não se apaixonar ao primeiro contato. No meu caso foi bem assim, o sentimento não demorou a aparecer. Não mesmo. Contos é uma das possibilidades para viver a literatura, e eu adoro. Sempre que tenho oportunidade, leio antologias e nunca enjoo. “O Príncipe Congelado” é apenas um conto, bem curtinho, mas muito bom, sem dúvida. Com poucas páginas, é possível contar uma história convincente e caricata. O Raigor L. Ferreira está aí para provar isso.

Editora: Independente
ISBN: B015TJ7GVC
Ano: 2015
Páginas: 9

Nota: (4/5)

Nas terras longínquas do Reino de Arvoredo, os habitantes já estavam acostumados com um príncipe fora do tradicional. Phelipe, o herdeiro superestimado do trono tinha uma condição exótica e que fazia os moradores do Reino se perguntarem: “Como alguém pode ser tão gelado?”. A resposta para a pergunta não era simples e esmerada. Na verdade, era muito complexo entender o que tornara a majestade, um homem tão frio e indiferente.

O príncipe congelado se chama Phelipe e mora no reino Arvoredo com seus pais. Quando criança, o garoto era submetido por seu pai a vários treinos de força e agilidade para se tornar um combatente firme. Por muitas vezes, seu pai mostrara-se decepcionado pelo fato de Phelipe não se mostrar tão forte quanto gostaria. Quanto mais o tempo passa, e mais gelado o príncipe se torna.

A história é simples, objetiva, mas com boas reflexões, principalmente para os leitores mais jovens ou iniciantes. Muitas pessoas podem até dizer que esperavam mais detalhes ou mais páginas, no entanto, creio que este nunca foi o objetivo do autor. Há histórias que não necessariamente precisam ser prolongadas para possuírem qualidade. O Raigor é um dos autores que prova isso clara e abertamente.

"O Príncipe Congelado" proporciona uma narrativa poética e amável, do tipo que encanta sem grande esforço. Você deve até ter se questionado se a história possui profundidade, e garanto-lhe que sim, mas nada muito intenso. Acho, inclusive, que você deve fazer a leitura deste conto sem exigências. Eu sou o tipo de leitor bem exigente, confesso, mas li de modo bem despretensioso, sem pagar de petulante ao querer mais. Aposto que a história de Phelipe irá te conquistar bem mais se fizer como eu. Permita-se descongelar seu coração em poucas páginas e conheça um escritor que tem um belo futuro à frente.