Persuasão - Jane Austen [RESENHA]

Primeiramente confesso que não foi uma leitura fácil.
Mas isso não significa que o livro é ruim ou algo do gênero. Não. Este foi o último romance escrito por Jane Austen. E é uma estória que mostra aos leitores, a vida da sociedade inglesa daquela época. E também mostra como a condição social era mais importante que o amor. Mas é justamente neste ponto que Jane consegue se superar e mostra que o amor, que une duas pessoas, é bem mais forte que qualquer obstáculo.


Jane Austen (1775-1817) é uma das mais celebradas representantes da literatura inglesa. Ao longo do tempo, sua obra permanece suscitando grande interesse nos meios acadêmicos, gerando estudos das suas várias dimensões, como, por exemplo, a estética e a histórica. Em 2008, a BBC divulgou uma pesquisa na qual o livro Orgulho e preconceito - um dos mais populares, no mundo inteiro, desta autora - foi votado como o preferido dos britânicos, e igual sucesso têm experimentado as inúmeras adaptações para o teatro, cinema e televisão, de toda a obra de Austen. Além de constituir um vívido retrato de época, com as convenções e costumes da sociedade rural inglesa do começo do século XIX, Persuasão - o último romance que Austen escreveu, publicado postumamente em 1818 - conta a bela e sedutora história de Anne Elliot e Frederick Wentworth, os quais, oito anos depois do rompimento de seu noivado, reencontram-se, todavia em circunstâncias bem diferentes daquelas do passado.


Anne é uma garota meiga, bem simples e apaixonada. Frederick Wentworth é o motivo de toda a paixão de Anne e vice-versa. No momento em que eles eram apaixonados a mais ou menos oito anos atrás, Frederick era de uma classe social inferior a de Anne. E o desejo de ambos de se casarem e serem felizes foi praticamente anulado. E eles se separam.

Oito anos depois, Frederick volta. Só que desta vez, ele volta como capitão e consequentemente, rico. Só que por vários motivos, que prefiro não esclarecer para não soltar spoiler, ele não admitia Anne não ter se casado com ele. E a trata, muitas vezes, com inferioridade. Só que depois, ele percebe que Anne não mudou. Continua sendo a mesma Anne de oito anos atrás e todo aquele amor que sentia por ela e que tentou muitas vezes reprimir, reascende. Até que chega um momento, em que ele não consegue mais suportar. 

Eu preciso esclarecer também, que a estória toda se passa em meados do ano de 1818. Ou seja, é uma estória atemporal. Mas mesmo sendo atemporal, nós podemos muito bem conciliar alguns acontecimentos com os nossos atualmente. Outro ponto evidente na estória, foi a semelhança em alguns momentos com outro livro da autora, que é "Orgulho e Preconceito". Eu não sei se todos que já leram os dois, acharam alguma semelhança, algumas vezes. Eu, pelo menos, achei.

No cômputo geral, o livro é bom. Realmente é uma estória que só tem à acrescentar mais conhecimento, para quem a ler. Você conhece os valores sociais da sociedade inglesa da época, entre outras coisas que realmente valem a pena. E nesta edição da Editora Martin Claret, a editora colocou o capítulo excluído pela autora. Isso mesmo! E confesso que gostei muito mais do capítulo excluído. 

Recomendo!

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