sábado, 10 de janeiro de 2015

[TEXTO DO BLOGUEIRO] A Incompreensível Sensação da Ilusão - Leandro de Lira




Sempre que possível, irei postar algum texto escrito por mim aqui no blog. E será de suma importância a opinião de cada leitor nos comentários. Abaixo há uma música da Taylor Swift (my love) chamada You're not Sorry. Caso queira ler o texto ouvindo-a, sinta-se à vontade. :)


Conhecemo-nos de forma tão improvável, não acha? Como eu poderia achar que justo você, aquele rapaz tão inconstante, inseguro, fraco (mas destemido) e comum poderia tornar-se tão... Especial? Não. Coisas especiais não machucam, não transformam-se em algum ruim, doloroso. O mesmo aplica-se às pessoas. E você transformou-se em algo, até um tempo atrás, inimaginável. Talvez não tenha sido uma transformação. Na verdade, eu só vivi uma mera ilusão.

Lá estava eu, há um longo tempo atrás, juntando (ou, talvez, tentando juntar) as últimas partes restantes de um coração arruinado. O ser humano tem essa mania, não sou o único; ele sempre está em constante busca para reerguer-se quando é atingido por algo muito forte, muito destruidor. Acredito que seja algo intrínseco à alma humana. Se você vive, sempre estará em busca de conforto (mesmo que tal conforto, por muitas vezes, pareça inexistente, irreal ou ilusório). Era assim que eu estava, buscando reerguer-me, buscando respirar normalmente de novo. Até que, abruptamente, você chegou. E em meio à montanha-russa de emoções que foi buscar te compreender, eu nunca mais fui o mesmo.

Indagava-me se apaixonar-se era realmente algo bom. É natural questionar a qualidade de um sentimento? Ou eu fui completamente pessimista ao achar que tal sentimento de nada valia? Não sei. Isso pouco importa, na verdade. Embora eu saiba que o coração não gosta de sentir-se vazio. É como uma planta; para que ela cresça, viva, expresse sua beleza e suas vantagens, é necessário regá-la com água constantemente. É uma metáfora ridícula e até sem sentido, eu sei. Mas o coração funciona assim; ele sempre quer sentir, sempre quer demonstrar sentimentos, sempre irá buscar reciprocidade mesmo que não haja ou que nunca tenha havido, em momento algum...

Talvez o meu grande problema seja não conseguir ser algo do qual sinto falta.

Falta de amor próprio? Não mais. Não quero mais doses suas (de morfina) em minha vida. Quero sentir a dor e aprender a lidar com ela. Talvez não doa tanto como já aconteceu. Costumo aprender com meus erros. E você foi apenas mais um.

Todas as palavras não passaram de mera encenação. O pior, na verdade, foi achá-las verdadeiras ao ouvir quando conversávamos sobre sentimentos; sentimentos que você nunca possuiu e não quis valorizar os meus. Infelizmente é um direito seu. Jamais posso exigir reciprocidade de ninguém. Porém, indiretamente, você exigiu de mim algo que nunca foi capaz de retribuir. E nem por isso posso afirmar que você é feliz sendo assim, agindo de tal forma. Eu sei que não. Eu deveria ter sabido muito antes...

O que senti foi louco, confesso. Você me fazia ser alguém bipolar; alguém que adorava ouvir coisas boas a seu respeito, mas que odiava sentir que não era e nunca fui especial para alguém. E se fui, pouco importa. Esse desconhecido que me tinha de forma especial nunca foi você. E ainda assim, em gestos tão mínimos, eu iludia-me ao acreditar em algo que nunca aconteceu.

Eu não quero achar uma segunda versão sua por aí. Tentar te encontrar em outro alguém seria como tentar compreender alguém que eu nunca encontrei. Não quero isso. E se eu passar a me sentir em uma montanha-russa novamente, sempre irei questionar-me se estou fora de perigo, se estou seguro, se sinto algo recíproco...




10 comentários:

  1. Oi, Lê!
    Muito boa a ideia de nos trazer textos. As vezes é até necessário. Te entendo com o texto, e nós realmente não podemos cobrar reciprocidade de alguém, mas as expectativas e afins acabam conosco.

    Beijo!

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  2. Ah como seria bom se as pessoas retribuíssem o amor, né? Seria tudo mais fácil, menos ilusão e nada de expectativas. Hehe! Mas de tanto quebrar a cara um dia a gente aprende a lidar com isso.
    Abraço, www.likelivros.blogspot.com

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  3. Oiii Leandro, tudo bem??? Adorei seu texto. O que deu nessa gente que resolveu postar textos tristes hein??? Vamos deixar de sofrer e sorrir mais =D
    (olha quem falando, kkkk)
    Abraços
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  4. Oi Lê!
    Amei seu texto, de verdade. Adorei chegar aqui atrás de uma resenha gostosa e honesta sua, e encontrar um texto que fala de algo que acho que quase todo mundo já viveu. Impossível não me identificar, balançar a cabeça concordando e lembrar de um tempo que eu também já tive esse tipo de bipolaridade =x Pode postar mais que eu vou adorar ler :) beijos!
    http://www.trocandodisco.com.br/

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  5. Muito bom seu texto. Já gostava de você escrevendo as resenhas. Agora escrevendo textos seus então, amei!. Continue escrevendo heheh.

    Blog Prefácio

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  6. Oooi,

    Noossa cara! Parabéns! Seu texto está extremamente incrivel. Transborda uma emoção absurda e uma sinceridade maravilhosa. Continue escrevendo. Acho que todo mundo já passou por isso um dia e seu texto retratou muito bem o que eu já fiz e muita gente deve ter feito. Levantado a cabeça e seguido em frente.
    Adorei!
    Parabéns!


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  7. O texto ficou bonito, apesar de confuso. Eu só espero que não seja auto-bibliográfico.

    http://thefatunicorn.blogspot.com/

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  8. Oi, Leandro!

    Ótimo texto, parabéns. Gostei da emoção que ele transparece.

    Beijocas.
    http://artesaliteraria.blogspot.com.br

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  9. Sem palavras Lê
    adoro essa música da |Taylor e se encaixou perfeitamente no seu desabafo.
    Gostei muito do final do texto, tudo combinou direitinho
    beijo
    http://karinapinheiro.com.br/blog/

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  10. Nossa Léo, muito bom seu texto, e lê-lo ouvindo a Taylor formou uma perfeita sintonia. Deu para sentir a emoção das suas palavras. Infelizmente o amor nem sempre é retribuído, e o que podemos fazer é nos apoderarmos da experiencia que adquirimos com isso para amadurecermos. Nem que seja no tocante a própria dor, temos que nos acostumar que ela é algo real nas nossas vidas e aprendermos a lidar com ela, mas jamais sermos dominados por ela.
    Bjs
    Amanda Nery
    www.leituraentreamigas.com.br

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