sexta-feira, 13 de junho de 2014

[RESENHA] Como Viver Eternamente - Sally Nicholls

É possível um livro ser encantador e doloroso simultaneamente? Sim, há possibilidade. “Como Viver Eternamente” possui um protagonista encantador e uma história dolorosa. Prefiro definir o livro de tal forma, até porque nem todo sick-lit me agrada. Mas foi quase impossível não me afeiçoar ao Sam e torcer por um final feliz para ele.

Edição: 2
Editora: Geração
ISBN: 9788561501006
Ano: 2014
Páginas: 232

Nota: (4/5)
Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos. 
Aos onze anos, Sam já tem conhecimento de sua doença. Sim, ele é leucêmico e tem a convicta noção de que irá morrer mais cedo que as demais pessoas. Ele adora fatos, coisas, filmes de terror etc., e devido a isso, resolve listas.

Seu melhor amigo é Félix, que também tem câncer e possivelmente está em um estágio mais avançado da doença, infelizmente. Eles se conheceram num hospital e desde então, tornaram-se inseparáveis. Inclusive, estudam juntos de forma revezada, na casa de cada um. A professora deles é a Sra. Willis. Ela os incentiva a escrever quase sempre e por causa disto, Sam decide escrever um livro sobre sua vida de um aspecto geral.

Inesperadamente, um acontecimento abala Sam, e seu pai, que até então preferia negar estado atual da sua doença, fará o que for possível para transformar a vida do seu amado filho.


"Algumas coisas são perfeitas do inicio ao fim."

Este foi um dos sick-lits mais diferentes que li e talvez, um dos melhores. A visão que a autora quis passar para os leitores na sua obra é bem singular. Aqui, a autora não só quis explicitar o quão doloroso é para as pessoas que convivem com um parente cancerígeno. Ela, na realidade, quis expor também a dimensão da doença sob a ótica de uma criança, no caso, o Sam.

O protagonista é adorável, carismático e lindo. Entrar no seu mundo é como se jogar em um lago inesperado e profundo, onde o leitor quer permanecer ali, mas sabe que isso não durará muito. O seu pai tenta a todo instante mascarar a dor que sente, mas quando a situação torna-se séria, ele decide encarar os fatos. Sua irmã, Bella, por mais nova que seja e talvez por achar que ela não tem dimensão dos acontecimentos, torna-se um equívoco; sim, ela tem noção de tudo. E a mãe de Sam é um exemplo, talvez, comum da mãe guerreira; uma mulher que ama tanto o seu filho a ponto de questionar o seu Deus sobre a dor que a consome por prever uma enorme perda na sua vida.

Mesmo aparentando ser uma história muito dolorosa, ela não é. O Sam a torna linda, cativante, divertida e delicada apenas com o seu jeitinho único e inteligente de ser e de também viver a vida. Isso, para mim, foi o grande diferencial.

Concluindo, é uma agradável leitura, sem sombra de dúvidas. Não espere uma história dolorosamente triste. Apenas espere uma história que te faça querer viver mais e da melhor forma possível. Acredito que este tenha sido o principal intuito da autora. Apenas leia e se sinta um admirador do herói do livro.


RECOMENDO!


16 comentários:

  1. Ai, eu preciso desse livro. A cada resenha que leio dele só faz aumentar a minha vontade. Gosto muito de livros de ficção, com boas histórias, mas livros assim que nos fazem mudar nossa maneira de pensar, são essenciais.

    Blog Prefácio

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  2. Li esse livro somente porque o ganhei numa cortesia do Skoob. Antes disso nem sabia do que se tratava a história. Gostei do estilo de narrativa da autora e dos pensamentos do Sam, mas achei esse um livro meio raso. Apesar de não chegar a ser ruim, a história não me comoveu e os personagens não me cativaram. E se fosse um livro grande a leitura do mesmo seria bem desgastante pela falta de uma maior profundidade pra me conquistar realmente.
    http://sete-viidas.blogspot.com

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  3. Oie Leo
    esse livro é uma fofura. Triste, realista, e feliz ao mesmo tempo.
    Eu amei, chorei, me comovi, e quero reler muito em breve.
    bjos
    www.mybooklit.com

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  4. Parabéns pela resenha Lê! Já li Como Viver Eternamente e amei! Me emocionei demais com este livro! Abraço!

    www.newsnessa.com

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  5. Ainda não li Como Viver Eternamente, mas vontade não é o que falta, pois estou muito interessada na leitura. Principalmente pelo modo com o protagonista encara a doença.

    Beijo

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  6. Olá!!! Não li esse livro ainda, não sei se quero ler hehehe
    Acho que vou me emocionar bastante, mas pelo fato de a leitura não ser extremamente dolorosa, e de o Sam tornar as coisas melhores, talvez eu o leia hehehe
    Parabéns pela resenha!
    Beijos

    Lara - Magia Literária
    http://www.magialiteraria.com/

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  7. Oi,
    Confesso que não conhecia o livro, mas depois da resenha fiquei bastante curiosa. Adoro livros que conseguem emocionar.
    Bjs!
    Viciados Pela Leitura

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  8. Oi, Leandro! Como vai?
    Estou querendo ler esse livro, entretanto me falta dinheiro - e amigos com dinheiro e bom coração. Pois bem, pensei que a história seria aquela coisa triste, de se chorar um rio :( Fiquei até meio decepcionada hahahahh Mas parece ser muito boa, de qualquer forma. Não tinha parado pra pensar no diferencial dessa história com as "outras histórias de câncer" - querendo ou não, eu sempre comparo -, mas por ser um protagonista jovem e a história não ser triste, talvez valha muito a pena ler. Espero fazê-lo em breve.
    Beijos,
    Karol.
    http://heykarol.blogspot.com.br/

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  9. Oie Le =)

    Esse livro é tipo uma febre entre os blogueiros rs... Gostei bastante da premissa e pelo vista a história é emocionante.
    Se eu tiver oportunidade vou ler ele com certeza, pois estou bastante curiosa ^^

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary


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  10. Oi Leandro!
    Eu amo a capa desse livro! A história parece ser muito emocionante, mas pela sua resenha deu a entender que ela termina com um pouco de esperança, apesar do tema ser triste. Vou procurar para ler!

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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  11. Olá Leandro, como vai?
    Li várias resenhas do livro e amei, espero ler algum dia...
    A capa é linda e me parece ser uma história emocionante, não li nenhuma resenha negativa até hoje, espero que minhas expectativas sejam as mesmas.
    O ruim é que não sou fã de histórias que envolve doenças, mas o personagem me parece cativante (=

    Abraços!
    De tudo um pouco

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  12. Você tocou num ponto importante para eu começar a ler um sick lit: Não ser doloroso.
    Eu sou uma pessoa altamente influenciável, e fiquei histérica de nervosa depois de ACEDE. Por isso não leio livros que falam de doenças, a não ser que eu não saiba do que se trata.
    Linda resenha!!

    bjus
    terradecarol.blogspot.com

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  13. Olá Leandro,

    Essa é a primeira resenha que leio desse livro, parece bem interessante e pelos detalhes aqui mencionados vale a leitura....boa dica....abraços.

    devoradordeletras.blogspot.com.br

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  14. Oi Leandro, tudo bem?
    A sua não é a primeira resenha positiva que leio e a cada nova fico cada vez com mais vontade de ler esse livro. Espero muitíssimo conhecer o Sam em breve.
    Abraços,
    Amanda Almeida

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  15. Eu evito ao máximo ler sik- lit, mas adorei saber sua opinião sobre esse livro.
    Parabéns pela leitura e resenha amigo!!! Essa capa é linda!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

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  16. O Sam é mesmo maravilhoso, não tem como não se sentir tocado com esse livro! E a lição que fica é mesmo a de aproveitar a vida ao máximo, em todos os seus momentos. Afinal, ninguém sabe o amanhã. O garotinho é um exemplo pra nós, com certeza.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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