Às vezes (ou quase sempre) quando menos espero, sou
surpreendido com alguma leitura. Desde que “Vinte Garotos no Verão” foi
publicado lá fora, eu já sentia uma curiosidade acerca do mesmo. No entanto,
quando me propus a lê-lo na primeira vez, a leitura não fluiu e acabei
deixando-a de lado. Por pura insistência, acabei dando uma segunda chance
ao mesmo e felizmente gostei da história que encontrei.
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633657
Ano: 2014
Páginas: 288
ISBN: 9788581633657
Ano: 2014
Páginas: 288
Nota: (4,5/5)
Vinte garotos no verão - Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que vocêaprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá).As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.
Imagine ser perdidamente apaixonada ou apaixonado pelo irmão
da sua melhor amiga. Imaginou? Bem, este é o ponto principal de onde a história
se desenvolve. Anna sempre sentiu um
amor, de certo modo, platônico por Matt.
E até certo ponto, a meu ver, era e foi correspondido. No entanto, Frankie (irmã de Matt e melhor amiga da protagonista) não sabe de nada. O
relacionamento entre eles é mantido às escondidas para evitar possíveis
conflitos.
Inesperadamente, Matt morre.
O mundo de Anna,
praticamente, rui. Ela não só precisa lidar com seu luto de maneira silenciosa
e completamente sozinha como também passa a ajudar a amiga, buscando
confortá-la de muitas formas.
Passa-se um ano. Frankie
propõe uma viagem à Anna; uma viagem bem diferenciada, eu diria. Ela quer que Anna se junte à ela para aproveitar as
férias de verão numa praia e de forma simultânea, propõe que a mesma tente
ficar com vinte caras (um a cada dia). O que Frankie não sabe é que Anna apenas
adoraria ter Matt novamente para si
e superar a dor da perda que a consome constantemente.
"Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que você aprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas querem saber quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá)."
Pág.: 75
Adianto-lhe de imediato que este é um drama jovem (bem teen
mesmo) com leves momentos de romantismo (nada muito aprofundado). Isso poderia
soar prejudicial, correto? Sim, poderia, mas a Sarah Ockler é muito obstinada a meu ver. Ela não dá pontos sem nós
se é que me compreende. O foco da história não foi desenvolver um romance
juvenil ou vários em uma comum férias de verão. Não. Na verdade, o ponto
central da história é justamente demonstrar como a dor de perder alguém é algo
doloroso e como é complicado superar qualquer tipo de sofrimento.
Talvez você ache ou acredite que a protagonista ficará de
mimimi boa parte do livro. Em dado momento, ao iniciar a leitura, também
considerei esta ideia e quase acreditei. Porém, quase cometi um equivoco. A
Anna é uma personagem silenciosa, calma, solitária e por vezes madura. Cada
pessoa lida com a dor de maneiras muito diferenciadas e subjetivas. Talvez,
caso eu estivesse na mesma situação que ela, agisse de modo similar. A dor pela
qual ela passou foi dura pelo fato de não só ter perdido alguém, mas saber que
nunca mais verá aquela pessoa e saber também que sua felicidade foi
interrompida por algo irremediável: a morte.
A única exceção quando se trata de personagens chatos é a
Frankie. Ela conseguiu ser bem birrenta em muitos momentos e praticou atitudes
bem intolerantes. Entretanto, analisando mais atentamente toda a história e a
personagem, suas atitudes soaram compreensíveis para mim. Após a morte do seu
irmão, sua vida mudou drasticamente. E como comentei anteriormente, a maneira
como cada pessoa lida com sua dor é algo muito subjetivo, pessoal e relativo.
“Vinte Garotos no Verão” é um drama leve, e por vezes
doloroso. Possuidora de uma escrita emotiva, Sarah Ockler conseguiu transmitir com clareza e sinceridade as
emoções das suas personagens. Nada soou forçado ou manipulado para tocar o
leitor. Não é uma leitura animadora ou divertida, mas possui momentos cômicos e
despretensiosos e que conseguiram passar verdade também. Na verdade, a história
em si é melancólica, mas que, ao concluí-la, você pode sentir um ímpeto de
buscar viver a vida mais intensamente e aproveitar cada vez mais o presente, o
agora. Ao menos, eu pude sentir-me assim.
Concluindo, é um bom livro jovem, sem dúvidas. Acredito que
nem todos se sentirão satisfeitos com a história, até porque livros
direcionados ao público jovem sempre geram opiniões bem divergentes.
Particularmente, pude ter uma leitura agradabilíssima e sincera a respeito das
inúmeras formas que encontramos para lidar com a perda e com o luto de alguém
que amamos. Principalmente no dia a dia quando tudo é mais complicado por saber
que a ausência será constante. Em suma, indico a leitura.
RECOMENDO!
Nossa, é uma história bem intensa e cheia de emoção. Acredito que eu iria gostar de ler, mas o assunto principal me deixa chocada. Ninguém quer perder ninguém, seja jovem, velho, enfim, a dor é terrível. Gostei da indicação.
ResponderExcluirhttp://mundo-restrito.blogspot.com.br
Twitter: @rs_juliete
Oi Leandro, e parece ser uma história e tanto, fiquei curioso para saber como se dá o desenrolar dela! :)
ResponderExcluirGostei da resenha!
Abraços...
http://joandersonoliveira.blogspot.com.br/
Oi Leandro
ResponderExcluirEsperei muito desse livro, muito mesmo. Durante anos eu só ficava torcendo para que a NC lançasse ele logo. Quando enfim o tive em minhas mãos fiquei bastante frustrada. Para mim ele foi bem comum, na linha do mediano e por esperar muito mais que isso fiquei bem decepcionada. Além disso não consegui definir a premissa do livro. Não é um romance, não é um drama e no final por não conseguir se encaixar em nada, passa a sensação de superficialidade.
A Frankie é bem chatinha mesmo, mas não cheguei a me irritar com suas atitudes. Na verdade todo o livro não conseguiu despertar nenhum sentimento realmente forte em mim.
Mundo de Papel
Oii Leandro, tudo bem???? Mais uma vez adorei a sua resenha. Parabéns. Ainda não conhecia o livro, mas curti. Imagino como deva ser doloroso. Perder alguém é sempre difícil, para a morte é mais difícil ainda, pois você sabe que não encontrará mais a pessoa (pelo menos não aqui, de resto ninguém sabe) . Curti muito
ResponderExcluirBeijos
http://profissao-escritor.blogspot.com.br/
Essa é a primeira resenha que leio desse livro e é bem diferente do que eu imaginava. Estava esperando um daqueles romances adolescentes. Não sei se leria esse livro. Acho que comprar não vou, mas se ganhar lerei. Esse tema é bem forte, nem me imagino em uma situação assim.
ResponderExcluirBlog Prefácio
Oi, Lê!
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler esse livro, mesmo estando errada sobre a história. Imaginei somente uma história teen e bem leve. De qualquer forma minha curiosidade não diminuiu, pelo contrário, gosto de livros que retratem a dor de diferentes formas.
Beijo
Oie,
ResponderExcluirli este livro, mas confesso que achei bem sem graça.
bjos
http://blog.vanessaseuroz.com.br
Oooi,
ResponderExcluirEu não li ainda sabe, mas como você já me senti bem animada com a história, imaginei ela totalmente diferente do que eu imaginei.
Acho que essa leitura, muda muito de acordo de ponto de vista. Imaginei algo mais pra cima, mas não foi uma decepção saber que isso não acontece. Eu até gostei, quero saber da forma como a autora trabalhou as personagens e os temas. Fico feliz por não ter um mimimi muito grande hahaha.
Gosto de livros juvenis então, sim, adoraria a leitura!
Beijinhos,
www.entrechocolatesemusicas.com
Oie Le =)
ResponderExcluirAinda não li esse livro, mas todas as resenhas que li até hoje foram bastante positivas.
Uma das coisas que vem me chamando a atenção é o fato da história não parecer ser bem aquilo que se espera. Gosto de me surpreender e espero que a surpresa seja boa rs...
Ótima resenha =D
Beijos e um ótimo final de semana;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi, Lê! Tudo bom?
ResponderExcluirLembro direitinho quando coloquei esse livro na minha lista e até hoje n]ao tive a chance de comprar meu exemplar, mas vou poder ter um gostinho do livro com sua resenha. Aah tinha esquecido desse baque horrível, até agora não consigo aceitar que Matt morreu, se eu estivesse lendo iria começar a falar "TE PROÍBO DE MORRER!" Me pergunto como foi para Anna reconfortar Frankie e esconder isso dela.
Olha no meu ver, não achei prejudicial, eu mesma gosto de algo juvenil e ver como antes tudo era simples, mas está longe de ser algo simples, estamos falando sobre uma garota superar uma morte, e de seu possível primeiro amor. Sempre soube que esse livro tinha algo de especial, e sua resenha provou isso, gostei muito da sua sinceridade <33
Beijinhos,
www.percepcoes.blog.br
Oii! Tudo bem?
ResponderExcluirCara, olha que engraçado: essa é a segunda resenha que leio justamente desse livro só na última hora! Só que a sua fez com que eu de fato me interessasse para lê-lo. Gosto de tramas bem desenvolvidas, e toda essa questão do luto me parece tão familiar... Quero conhecer essa história!
Um beijo,
Doce Sabor dos Livros docesabordoslivros.blogspot.com
Olá Leandro,
ResponderExcluirEsse livro está na minha lista de espera de leitura, não sei muito o que esperar dele, mesmo depois de ler sua resenha positiva, mas que bom que gostou....abraço.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Oi Le!
ResponderExcluirSabe que não curti muito a história e a sua resenha no início falou totalmente o que pensei e acredito que depois resumiu o que achei. Eu imaginava algo mais mas o livro foi feito para adolescentes sabe. Acho que eu imaginava aquele romance entre o irmão da amiga dela e ela e depois que ele morreu daquela forma trágica fiquei meio sei lá, fiquei boba com o jeito que era tudo sendo levado. Perder a virgindade? Achava uma besteira sabe? Aí não curti mesmo!
Greice Negrini
Blogando Livros
www.amigasemulheres.com