Sarah Jio
já havia confirmado que é uma boa escritora no livro “As Violetas de Março”.
Desde o momento que li tal livro, já fiquei atento para os próximos passos da
autora aqui no Brasil. Até que, inesperadamente, a queridíssima editora Novo
Conceito publica “Neve Na Primavera”. O lado bom é que a própria sinopse do
livro não diz muita coisa da história, apenas o básico, o necessário. Isso foi
bastante positivo porque a história em si apresenta muito mais e me surpreendeu
bastante. Não imaginava que iria sofrer e amar tanto com este livro, mas isso
aconteceu e me deixou estarrecido, acredite.
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581637211
Ano: 2015
Páginas: 336
Nota: (5/5 - FAVORITO ❤)
ISBN: 9788581637211
Ano: 2015
Páginas: 336
Nota: (5/5 - FAVORITO ❤)
Seattle, 1933. Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho.Na manhã seguinte, o dia 2 de maio, uma nevasca desaba sobre a cidade. Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve. Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. O dia é 2 de maio. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos, Claire se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Ela descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.
Ano de 1933. Vera Ray trabalha duro para sustentar
seu pequeno filho, Daniel. Não
suporta a ideia de ter que deixá-lo sozinho, mas não é permitido crianças no
local onde trabalha (muito menos filho de empregada). Um determinado dia, ao sair
mais tarde do hotel onde trabalha, depara-se com uma nevasca intensa. E o mais
inacreditável: em plena primavera. Daniel
está sozinho em casa. Com o sapato furado e fraca por não ter comido o dia todo,
ela se apressa para chegar o quanto antes em casa.
Ao chegar a seu destino, o
impensável acontece. Seu amado filho desapareceu, não está em casa. O desespero
a consome. Seu único bem valioso sumiu. Ela apenas encontra o ursinho dele
enfiado na neve. Ela não sabe o que fazer.
Ano de 2010. Claire Aldridge é uma repórter bem sucedida
que vem enfrentando problemas de bloqueio criativo e não consegue se livrar da culpa
pela morte de seu bebê. E para piorar, seu casamento está por um fio; mais uma
vez sente-se culpada por tal problema. Quando uma nevasca desaba em Seattle, novamente
na primavera, carrega de forma intrínseca consigo alguns mistérios.
Claire precisa
escrever uma matéria sobre tal efeito climático, mas não do atual, e sim, do que
caiu pela primeira vez em 1933. Sem saber por onde começar, ela se depara com o
desaparecimento de Daniel Ray, com
apenas três anos de idade na época, e que parece não ter tido solução para o
caso.
Um instinto investigador a envolve e ela parte em busca de respostas para tal desaparecimento, ao mesmo tempo em que busca se livrar das culpas que carrega e também busca salvar seu casamento.
"Ninguém fala sobre o passado. Ele foi cuidadosamente escondido, até encontrar a liberdade à força. Os segredos têm dessas: sempre encontram seu caminho. Mesmo que leve uma vida toda."
Pág.: 302
O livro é narrado pelas
perspectivas das duas personagens citadas acima, obviamente em épocas distintas
que são intercaladas por capítulos. De início, todos os acontecimentos não
apontam para rumos tão inesperados. Mas a história se desenvolve pouco a pouco
e acontecimentos inimagináveis vão aparecendo. Eu realmente não sabia o que
aconteceria ao finalizar cada capítulo e o medo de que mais coisas ruins
acontecessem era notório.
Se você espera encontrar uma
história bonitinha e fofinha, desista. A vida de Vera Ray é muito dolorosa e
triste. São tantos infortúnios que a acomete que eu realmente sofri com a mesma o
tempo todo. Não é fácil perder alguém, independente da maneira. E tudo torna-se
muito pior quando é uma mãe que perde seu filho e se vê sem rumo, sem motivos
para seguir em frente e continuar vivendo. E tudo piora quando mais problemas
surgem. Sempre que eu lembrar este livro, irei sentir um aperto no coração
devido a tudo o que a Vera viveu e enfrentou.
A vida de Claire é marcada
por culpas. Não é uma rotina agradável e ainda assim ela viveu uma perda
similar a de Vera. E sentir que pode perder outra pessoa amada que sempre
esteve ao seu lado também é assustador. São vários dilemas que perpassam a vida
de ambas as protagonistas e é possível se colocar no lugar das duas.
A forma como a autora vai
desenvolvendo a história é incrível. De forma gradual, ela vai apresentando os
acontecimentos e a maneira como une a história das duas personagens
principais é muito interessante. Na verdade, o rumo que a vida de uma das
personagens toma foi completamente inimaginável para mim. A Jio conseguiu me envolver da primeira
até a última página. O livro possui uma narrativa pungente, delicada e
objetiva, mas sem soar restritiva. É possível se situar no ambiente da trama e
viver a história, sem dúvida alguma.
Em meio a tantas
superficialidades, a autora apresenta uma história que preza pelo outro, preza
em compreender o outro pela pessoa que é e acima de tudo, apresenta uma
história que mostra o quão importante é o poder do perdão e que o sofrimento
alheio não deve ser motivo de repúdio. É palpável a forma como tudo acontece no
livro e é impossível não se compadecer dos sofrimentos presentes na vida das
protagonistas. São personagens humanas, com defeitos e qualidades, e que
cometem erros e acertos.
Para concluir, recomendo
aberta e veemente “Neve na Primavera”. É um drama maravilhoso. Se você busca
uma história mais profunda e que apresenta um mistério de forma intrincada,
este é minha indicação. A Sarah Jio é
uma escritora ótima e que merece os elogios que vêm recebendo. Prepare os
lencinhos e o coração para viver a história de duas mulheres fortes que não
desistem de lutar pela felicidade e por quem amam.
RECOMENDO!
Oi, Leandro! Tudo bem? Desde que li algumas resenhas desse livro acabei ficando extremamente interessado em ler Neve na Primavera. O livro é bem diferente dos que estou acostumado a ler, mas tem uma premissa muito bacana e instigante. Espero lê-lo em breve! :)
ResponderExcluirAbraço
http://tonylucasblog.blogspot.com.br/
Parabéns pela resenha Lê! Estou ansiosa para ler Neve na Primavera! Abraço!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirNão sei se lerei mas gostei da sua opinião, pelo jeito o livro é bem gostoso de se ler.
Abraço!
http://abracalibro.blogspot.com.es
Oi, Leandro.
ResponderExcluirEu ainda não tinha lido nada da autora e virei fã. Eu amei esse livro. Ela soube dosar bem entre o passado e o presente de uma forma que me prendeu a leitura e me fez viver a história das duas protagonistas. nem preciso dizer que me acabei de chorar no final hehe.
Blog Prefácio
Oi Lê!
ResponderExcluirEu não dava nada por esse livro, até ler uma resenha dia desses e agora fiquei encantada tb com sua resenha. Espero ler em breve.
Beijos!
Cintia
http://www.theniceage.blogspot.com.br/
Oi Leandro!
ResponderExcluirImaginei mesmo que esse era apenas mais um romance. Não imaginava um drama tão intenso.
Que bom que foi uma leitura arrebatadora ;)
Beijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Acresita q eu tenho Violetas na janela e ainda n li? Rs
ResponderExcluirMas a autora parece que escreve muito bem msm, é a primeira resenha q leio sobre esse livro e a história me interessou, fiquei curiosa.
Ótima resenha!
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
Oi Leandro!
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro da autora, mas adorei sua resenha e me interessei bastante pelo livro. Acho que ainda não li nenhuma resenha negativa dele! Então deve ser bom mesmo.
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Oi, Leandro! Tudo bem? Que resenha ótima! *-*
ResponderExcluirNão conhecia o livro nem a autora, mas ja anotei aqui!
To mesmo procurando livros fortes assim, sem histórias bonitinhas e fofinhas hahaha'
Abraço
mundoemcartas.blogspot.com.br
Olá,
ResponderExcluirAinda não cheguei a ler um livro dessa autora, mas confesso que esse em especial nunca despertou meu interesse. Apesar de sua resenha positiva, eu simplesmente não consegui querer ler a obra.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Olá, Leandro.
ResponderExcluirEu sou um adepto do drama sem sombras de dúvidas, o que me fez querer muto ler esse livro. Após ler sua resenha, vou por ele como prioridade, porque realmente senti que vou além de gostar da história, mas sim me sentir dentro da mesma.
Enfim, até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Oiee
ResponderExcluirAdoro dramas, principalmente, esses mais fortes. São arrebatadores *0*
Curti a história e parece ser repleta de mistérios.
Beijinhos Screepeer
screepeer.blogspot.com
Oi, Lê!
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler "Violetas de Março", a autora me aparenta possuir uma sensibilidade incrível na escrita. Logo no início da apresentação do enredo já fiquei curiosa a respeito deste novo livro. Entretanto, acho difícil conseguir lê-lo agora, apesar de querer.
Ótima resenha ;)
Beijão
Oie Le =)
ResponderExcluirEstou lendo resenhas bastante divergentes desse livro. Umas bem positivas como a sua e outras nem todas. Confesso que a premissa, não me chamou muito a atenção no momento. Quem sabe mais para frente ^^
Ótima resenha!
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Olá Leandro,
ResponderExcluirEsse livro está na minha lista de desejados, mas confesso que não li nada ainda da autora, apesar de ter um livro dela aqui na lista de espera de leituras, mas bom saber que o livro é muito bom....abraço.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Ta vindo cada livro um melhor que o outro na Novo Conceito, né? E as capas sempre lindas, com histórias aparentemente ótimas!
ResponderExcluirSeguindo o blog!
http://postandotrechos.blogspot.com.br/