Sim, sempre que a Marina
publica algum livro, fico deveras curioso para ler o quanto antes. “Simplesmente
Ana” é um dos meus favoritinhos da vida; foi a partir dele que me
tornei fã da autora. Quando soube que ela estava escrevendo um romance de época
fiquei curioso. Várias perguntas passaram pela minha cabeça sobre qual seria,
ao certo, a história em questão porque a mesma se passaria no Brasil durante a
colonização. Interessante, né? Também achei a premissa bastante convidativa.
Por sorte, tive a oportunidade de ser um dos leitores escolhidos da editora Globo Alt (muito obrigaaado!)
para ler o livro em questão e resenhá-lo. E a própria Marina me indicou! (Como não amar, gente? Impossível! *_*)
Eis que eu tive uma leitura bastante elegante, divertida e leve, mas que pecou
ao ter uma protagonista fraca e por vezes desinteressante.
Edição: 1
Editora: Globo Alt
ISBN: 9788525062055
Ano: 2016
Páginas: 328
Editora: Globo Alt
ISBN: 9788525062055
Ano: 2016
Páginas: 328
Nota: (3,5/5)
Cécile Lavigne perdeu todos os que amava e agora está sozinha no mundo. Ela, uma franco-portuguesa que ainda não completou vinte anos, está sendo trazida ao Brasil pelo único parente que lhe restou, o ambicioso tio Euzébio, para casar-se com o mais poderoso dono de terras de Minas Gerais, homem por quem Cécile sente profundo desprezo. Após desembarcar no Rio de Janeiro, Cécile ainda precisará fazer mais uma difícil viagem. O trajeto até Minas Gerais lhe reserva provações e surpresas que ela jamais imaginaria. O explorador Fernão, contratado por seu futuro marido para guiá-la na jornada, despertará nela sentimentos contraditórios de repulsa e de desejo. Antes de enfim consolidar o temido casamento, Cécile descobrirá todos os encantos e perigos que existem nessa nova terra, assim como os que habitam o coração de todos nós. Com o passar dos dias, crescerá dentro dela a coragem para confrontar todas as imposições da sociedade e também o seu próprio destino.
Cécile
perdeu toda sua família de forma inesperada. (Antes que jogue pedras em mim, achando
ser spoiler: não, não é. Isso é o
primeiro acontecimento que a autora joga para o leitor.) E agora, para piorar
tudo, seu tio está obrigando-a casar-se com um homem muito mais velho que ela,
rico e até cruel. Então, inesperadamente, ela conhece Fernão, homem que além de explorador, faz trabalhos para
fazendeiros de Minas Gerais. Sendo assim, a mando do futuro noivo prometido a
ela, Fernão tem como dever levar a
jovem moça em segurança, sem correr risco algum.
Nesta viagem até o destino
de Céci, sentimentos inesperados
surgem entre ela e Fernão. É
exatamente neste momento da história que o romance começa a se desenvolver e
tomar forma, mas gradualmente, sem pressa alguma. Aos poucos, é possível
conhecer mais profundamente o mocinho do romance e entender suas reais
intenções. Mas é só ao chegar à casa de Euclides,
noivo prometido à Cecilé, que a
história toma rumos levemente inesperados e torna-se mais atraente.
"[...] Eu não poderia culpá-lo, afinal. Imagino quantos castigos lhe são infligidos apenas por ousar existir. Que mundo!"
Pág.: 40
A priori, quero esclarecer
que me surpreendi com todo o cuidado da autora ao escrever seu primeiro romance
de época. Ela buscou adequar-se ao linguajar da época, mas sem soar tão extrema
a ponto de tornar tudo ininteligível. A forma como a narrativa é feita consegue
possuir elegância e beleza dignas de orgulho por se tratar de um livro
nacional. É uma delícia, gente! Juro. Eu adoro quando autores se esforçam,
permitem-se e fazem algo interessante e com bastante coerência. Eu precisava
elogiar isso o quanto antes porque realmente amei. De verdade. E caso você
ainda ache que não entenderá muito, não se preocupe. A Marina, no final do
livro, deixou o significado de várias palavras que eram utilizadas na época. So relax.
O romance não é o ponto
forte do livro, a meu ver. É desenvolvido de forma gradual, simples, mas sem
situações intensas. A leitura em si, de modo geral, é muito leve. O foco da
autora não necessariamente foi o de ater-se apenas aos sentimentos que surgem
entre o casal. Como a narrativa é feita em terceira pessoa, é possível saber o
que acontece com outras personagens e ter uma noção ampla do rumo que a
história toma e os conflitos desenvolvidos externamente. Ainda assim, saliento
que o livro não apresenta uma trama recheada de conflitos ou reviravoltas. A
história pode ser mais bem aproveitada se for feita sem grandes pretensões.
Principalmente se pretende relaxar ou fugir de alguma ressaca literária.
O que mais me deixou
incomodado foi a protagonista. Achei-a chata em determinados momentos e
forçada. Por vezes pareceu que ela queria se mostrar forte, corajosa, focada, mas
expressava exatamente o contrário. Fragilidade, praticamente, foi seu segundo
nome. Eu até entendo que o tipo de educação que ela recebeu excluía tais
atributos de sua personalidade, mas custava ela se esforçar só um pouquinho e
se mostrar mais destemida? Após o surgimento de Fernão, o mesmo pareceu ser o
anjo da guarda dela em tempo integral, e eu não consigo me agradar de personagens
femininas que não se mostram corajosas (ou nem se esforçam para isso).
O Fernão é maravilhoso.
Marina consegue criar protagonistas masculinos ótimos. É sempre assim e eu
adoro, não vou negar. O mocinho desta história é forte, corajoso, interessante
e tudo-o-que-a-Céci-não-conseguiu-ser. Previsível? Talvez. Não sei ao certo se
foi proposital. O que realmente importa é que se você busca uma figura
masculina que só pode ser encontrada em romances (do tipo idealizado mesmo),
saiba de antemão que encontrará neste e em qualquer outro romance da Marina. E
detalhe: ela nunca desaponta. J
Em suma, é um bom livro, sem
dúvida. Possui boas personagens secundárias, um romance simples e convincente,
e ainda dá para obter alguns conhecimentos sobre a história do nosso país. Sem
esquecer, claro, da forma como o livro foi elegantemente escrito. Isso, por si
só, já merece sua atenção e ainda pode proporcionar relaxantes momentos de
leitura. E como eu sempre digo: se não gosta de romance, não força a barra e
não leia. Há momentos clichês, bonitinhos e afins, logo é provável que não
agrade a todo e qualquer leitor. Ademais, se você adora se iludir assim como
eu, pode ler tranquilamente. Vai adorar!
Oi Leandro, tudo bom? Confesso que a premissa não em chamou muito atenção, não parece ser o tipo de livro que eu gosto de ler, acho que não daria uma chance a ele no momento, mas que bom que você curtiu a leitura ^^
ResponderExcluirBeijos
http://resenhaatual.blogspot.com.br/
Olá, Leandro.
ResponderExcluirEu já estava como assim eu não sabia desse livro? hehe. Também adoro os livros da Marina. Amei essa capa e gosto muito de um romance de época. Que pena que a protagonista deixou a desejar. mas quem sabe eu goste dela hehe. Estou lendo A Herdeira que todo mundo desceu a lenha na protagonista e estou gostando dela hehe.
Blog Prefácio
Oi, Leandro!
ResponderExcluirAdoro suas resenhas! Nunca li nenhum livro escrito pela Marina, pois não me chamavam a atenção, infelizmente. Porém, impossível não ficar curiosa após ler sua resenha... Gostei de saber que a autora cria ótimos personagens masculinos (adoramos quando isso acontece!), mas fiquei desanimada com a protagonista, personagem fraca deixa-me incomodada ao extremo. Enfim, parece ser uma leitura bem gostosa e leve, ótima para quem gosta de romances de época - assim como eu e você.
Beijocas.
http://artesaliteraria.blogspot.com.br/
Oie Le =)
ResponderExcluirInfelizmente os livros da autora não me atraem. Depois que li Simplesmente Ana achei a narrativa da autora muito superficial e "teen" demais para o meu gosto. Andei tento alguns problemas com protagonistas ultimamente e por isso eu te entendo rs... realmente quando não simpatizamos com a mocinha ou mocinho da história, fica dificil nos envolvermos por completo com a trama.
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi Leandro,
ResponderExcluirJá tinha visto a capa desse livro mas não parei para ver do que se tratava.
Que pena que a personagem é meio parada. Tambem prefiro personagens mais corajosas.
Pretendo futuramente conhecer o livro, mas quero ler Simplesmente Ana primeiro.
Bjs e uma ótima noite!
Diário dos Livros
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Migo,
ResponderExcluirEu pretendo ler, mas zero dinheiros no momento. Principalmente porque tenho algumas séries que preciso terminar e estou focando nelas para minhas futuras aquisições.
Beijos!
http://devaneiosdeumacindy.blogspot.com.br/
Também adoro a autora e quando soube que ela estava fazendo pesquisas para seu novo livro fiquei empolgada; ela informou que seria um romance histórico, confesso que prefiro os de época por não se prender tanto aos fatos históricos mas pretendo ler porque adoro a escrita da Marina.
ResponderExcluirUma pena que nem todos os personagens te agradaram, estou lendo um livro que está acontecendo isso (muito chato quando não temos conexão com o protagonista) ainda bem que o mocinho da história te agradou. Bom demais saber sua opinião. Pretendo ler esse livro no segundo semestre, devo estar comprando no máximo em julho.
P.s. Você já leu Horas Noturnas da Bianca Carvalho!!!???? Acredito que você amaria a protagonista, ela tem todas as características que você reclamou por Cécelie não ter. Fica a dica e tem resenha lá no blog. Abraçado, adorei voltar aqui!!! Agora pra ficar!!!!
Leituras, vida e paixões!!!
Oi Leandro!
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro da autora, mas fiquei muito interessada nesse!
Achei legal principalmente por ele se passar no Brasil. Pena que a protagonista não é tão marcante, mas pelo jeito valeu a pena a leitura.
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Oi, Leandro! :)
ResponderExcluirEu amo romances históricos, e confesso que a premissa da autora me deixou bem curiosa. Ainda não li nenhum livro da Marina, e esse foi o que mais me chamou a atenção. Você falando assim dois personagens masculinos, me deixou super interessada agora em ler! Hahaha
Também não sou fã de mocinhas assim, deixa o livro tão sem graça às vezes, né?
Acho que leria apenas pelo capricho que a autora teve com o livro e a história do livro em si, sobre colonização, e tal.
Parabéns pela sua resenha! <3
Beijos,
Elidiane - Leitura Entre Amigas
http://www.leituraentreamigas.com.br/
Olá Leandro,
ResponderExcluirEsse é aquele livro que eu compraria pela capa pois, achei maravilhosa.
E gosto de históricos. Apesar de suas ressalvas, eu ainda quero dar uma chance.
Ótima resenha!
P.S.: Adoro a Taylor Swift, tive que colocar na playlist ♥
tenha um ótimo final de semana.
Nana - Obsession Valley
Nunca li nada da autora, uma pena você ter achado a personagem principal desinteressante. Estou começando a ler romances de epoca agora, não era muito fã, mas estou gostando.
ResponderExcluirBeijos,
Blog Não Vivo Sem Livros